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Entenda a natureza da guerra comercial entre China e EUA

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Na quinta-feira (19), o porta-voz do Ministério do Comércio da China, Sun Jiwen, afirmou estar convencido de que as disputas comerciais entre a China e os EUA podem ser solucionadas somente através do diálogo e consultas.

Antes, o presidente chinês Xi Jinping, ao discursar no Fórum Econômico Mundial de Davos, tinha declarado que a China não pretende travar guerras cambiais. Ao mesmo tempo, o presidente do conselho de administração da empresa Alibaba, Jack Ma, anunciou que "nunca haverá uma guerra comercial entre a China e aos EUA".

Chen Fengying, especialista do Instituto de Relações Internacionais Contemporâneas da China, revelou à Sputnik China que, se o país tivesse enfrentado as declarações de Trump 10 anos atrás, isso teria sido preocupante para a China, pois naquele tempo o país dependia muito dos EUA em termos econômicos e comercias. Mas, segundo a especialista, a realidade mudou:

"Atualmente ambos os países, de fato, possuem um poder igual. A China está fomentando sua economia, enquanto os EUA apenas a mantêm no mesmo nível", opina.

Fengying destaca que, antes de mais nada, Trump é um empresário e "'seu rugido ensurdecedor' não significa que ele vá realmente empreender quaisquer ações".

Ao mesmo tempo a especialista assinala que, caso as partes sejam capazes de manter equilíbrio entre positivo e negativo, entre proveito e prejuízo, então não se poderá falar de guerra comercial abrangente de larga escala.

Enquanto o poder econômico da China e dos EUA se está igualando, poderão ocorrer mais atritos entre os dois países com o decorrer do tempo, considera.

No final, a especialista chinesa compara a rivalidade entre a China e os EUA a um desafio de boxe – "adversários, que sejam muito diferentes em termos de peso e força física, não podem sair ao ringue e se enfrentarem", conclui Fengying.