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Após 2º dia de consultas, chances de Gentiloni como premier aumentam

Gentiloni seria nome de consenso entre presidente e Renzi

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Terminou no início da noite desta sexta-feira (9), o segundo dia de consultas da Presidência para a formação de um novo governo na Itália. E, segundo fontes, o nome do chanceler Paolo Gentiloni aparece com vantagem sobre os demais para assumir o cargo de primeiro-ministro após o pedido de renúncia de Matteo Renzi.    

Gentiloni foi ao Palácio Chigi por duas vezes nesta sexta e teve uma reunião, a portas fechadas, com o próprio Renzi. O nome do ministro das Relações Exteriores seria de bom grado tanto para a Presidência como também para o premier que está de saída.    

Até mesmo a hipótese de que Renzi tenha sua renúncia "negada" chegou a ser muito cogitado, mas o primeiro-ministro rejeita a ideia por se tratar de uma "traição" a sua própria palavra.    

Quem também foi à sede do governo foi o ministro dos Bens Culturais, Dario Franceschini. Além dos dois, quem ainda tem chances de assumir o cargo é o atual presidente do Senado, Pietro Grasso, que foi recebido ontem (8) por Mattarella.    

Hoje, foram recebidas 17 delegações de partidos ou associações que tem menor representatividade no Parlamento.    

E, como era de se esperar, cada uma apresentou posicionamentos divergentes entre os caminhos que a Itália deve seguir a partir de agora: se fará um governo técnico até as eleições marcadas para 2018 ou se convoca uma eleição assim que a Consulta votar questões referentes à reforma eleitoral, no fim de janeiro.    

Quem também foi recebido hoje, após um pedido de troca na agenda do presidente, foram os representantes do partido de extrema-direita Liga Norte. Segundo Giancarlo Giorgetti, que estava na delegação de parlamentares, o gripo pediu "para ir às urnas o mais rápido possível" destacando que foi isso que os italianos quiseram dizer ao votar "não" no referendo constitucional do último domingo (4). A derrota do governo fez com que Renzi apresentasse seu pedido de renúncia ao cargo.    

"Não nos interessa a lei eleitoral. Basta que votemos o mais rápido possível. Há leis que já foram usadas que podem ser recolocadas em um só dia", disse ainda Giorgetti.    

A série de consultas terminará neste sábado (10), com as maiores forças do Parlamento italiano. Serão ouvidos representantes do Força Itália, do ex-premier Silvio Berlusconi, da maior vertente opositora ao governo, o Movimento Cinco Estrelas (M5S), do comediante Beppe Grillo, e os representantes do Partido Democrático (PD), de Matteo Renzi.