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Em última reunião do ano, Banco Central Europeu mantém taxas de juros

Entidade também anunciou extensão de QE até o fim de 2017

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O Banco Central Europeu (BCE) anunciou nesta quinta-feira (8) que manterá as principais taxas de juros do continente em seus atuais patamares. Com isso, o índice principal de juros ficou em 0,00%, a taxa de depósitos bancários em -0,40% e a taxa sobre empréstimos marginais em 0,25%.

No entanto, o órgão informou que prorrogou até o fim de 2017, ou "até quando for necessário", seu programa de "Quantitative Easing" (QE), também chamado de relaxamento quantitativo. O plano tinha fim previsto para março do ano que vem. No entanto, a partir de abril, o QE diminuirá dos 80 bilhões de euros por mês para 60 bilhões de euros.

O QE é a criação de "dinheiro novo" pelos bancos sob a autorização do Banco Central. Essa medida é feita após o cumprimento de determinadas normas pré-estabelecidas. O presidente do BCE, Mario Draghi, também aproveitou a entrevista coletiva para falar sobre a situação da Itália após o pedido de renúncia do primeiro-ministro, Matteo Renzi, que foi derrotado nas urnas na votação do referendo constitucional.

"Os países que precisam fazer reformas devem fazê-las independente das incertezas políticas em geral. Essa é a melhor maneira de retomar o crescimento e a criação de postos de trabalho", disse Draghi.

Ao ser questionado sobre a crise bancária italiana, que faz o mercado internacional temer por mais um grave problema na União Europeia, o mandatário disse que "está confiante" que o governo "sabe o que fazer" e que "os problemas serão enfrentados".

Draghi ainda afirmou que não vê "riscos para a manutenção do euro" com um novo governo no país. O questionamento se deve ao fato do maior partido opositor da Itália, o Movimento Cinco Estrelas (M5S), ter anunciado mais de uma vez que pretende tirar o país da zona do euro se chegar ao poder.