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Presidente sul-coreana pode cair com apoio da própria sigla

Park Geun-hye só aceita pedir renúncia em abril de 2017

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A possibilidade do impeachment da presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, ganhou força nesta terça-feira (6) após diversos membros de seu partido, o Saenuri, informarem que apoiam a moção de destituição.

O líder governista no Parlamento, Chung Jin-suk, informou que a mandatária aceitou a sugestão de renunciar em abril do ano que vem, o que levaria os sul-coreanos a uma nova eleição em junho de 2017.

No entanto, a fala do líder do Saenuri não foi bem vista por uma parte da própria sigla, que deseja a renúncia imediata de Park Geun-hye, e os parlamentares informaram que estão dispostos a apoiar uma moção de destituição da presidente que será votada nesta sexta-feira (9).

Segundo cálculos da agência de notícias local Yonhap, seriam entre 30 e 40 políticos "dissidentes" que votariam a favor da moção apresentada pelos outros dois partidos de oposição do Parlamento, a Nova Aliança Política para a Democracia (NPAD) e o Partido da Justiça. Com o apoio de parte do Saenuri, a medida seria aprovada rapidamente.

Um dos parlamentares governistas que deve aprovar a moção, Hwang Young-Cheul, disse em entrevista à Yonhap que o grupo está "fazendo todos os preparativos necessários para assegurar que a moção de destituição seja aprovada" porque prolongar a renúncia até abril é algo "que foi rejeitado pela população".

Há dois meses, Park Geun-hye é alvo de protestos da população por causa da prisão de sua amiga Chooi Soon-Sil, acusada de ter usado sua relação com a mandatária para obter vantagens financeiras em acordos do governo. Soon-sil é acusada, formalmente, de corrupção e tráfico de influência.

Sobre a moção de destituição, o líder parlamentar do Saenuri informou que a presidente destacou que "se ela passar, ficarei em silêncio e aguardando os procedimentos da Corte".