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Após acordo nos EUA, UE cobra indenização da Volkswagen

Bloco disse que não pode haver "diferença de tratamento"

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Um dia depois de a Justiça dos Estados Unidos ter aprovado um acordo de US$ 14,7 bilhões, a Comissão Europeia subiu o tom contra a Volkswagen e exigiu que a montadora alemã também indenize os clientes europeus prejudicados pelo escândalo de fraude em testes ambientais.

A comissária europeia para Indústria, Elzbieta Bienkowska, disse nesta quarta-feira (26) que as negociações com a empresa ainda estão em curso, mas ressaltou que ela não está "feliz" com o rumo das tratativas.

"Essa diferença de tratamento entre consumidores não é legal. Os Estados Unidos ficam com os ressarcimentos, a Europa, com as desculpas. Devemos garantir que os consumidores europeus sejam tratados de maneira adequada", declarou Bienkowska.

O acordo da Volkswagen com a Justiça norte-americana, considerado o maior da indústria automotiva no país, prevê o desembolso de US$ 10 bilhões para indenizar compradores prejudicados pelo esquema de fraude ambiental.

Pelo que foi acertado, a montadora recomprará ou corrigirá 475 mil veículos com motor a diesel a partir de novembro, de acordo com a opção feita pelo cliente. Além disso, independentemente da escolha, cada comprador receberá entre US$ 5,1 mil e US$ 10 mil, dependendo da idade do carro.

A Volks também destinará US$ 2,7 bilhões para compensar o impacto ambiental das manipulações e US$ 2 bilhões para pesquisas de veículos não poluentes. Em setembro passado, o grupo alemão admitiu ter manipulado testes ambientais nos EUA e na Europa por meio de um software instalado em motores a diesel.