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Países das Américas preocupados com suspensão do referendo para destituição de Maduro

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Mais de 10 países do continente americano apresentaram no sábado uma declaração manifestando sua preocupação pela suspensão do processo de coleta de assinaturas para a realização do referendo à interrupção do mandato do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.

Na quinta-feira passada, os tribunais de cinco estados da Venezuela anularam inesperadamente os resultados da primeira fase de coleta das assinaturas, que tinham sido previamente reconhecidos como válidos pelo Conselho Nacional Eleitoral. Sem estas assinaturas a realização da segunda fase é impossível. Assim, neste momento essa questão ficou suspensa e a coleta de assinaturas foi adiada por tempo indeterminado.

O documento foi assinado por Argentina, Brasil, Canadá, Colômbia, Costa Rica, Honduras, Guatemala, EUA, México, Peru e Uruguai, informa o Ministério das Relações Exteriores argentino.

"A paralização do processo [de preparação do referendo] e a decisão das autoridades judiciais da Venezuela de impedir a saída do país dos principais líderes da oposição ameaçam a possibilidade de se estabelecer um diálogo entre o governo e a oposição que permita garantir uma saída pacífica da situação crítica por que está passando o país irmão", afirma o texto da declaração.

Os Estados que assinaram o documento apelaram às forças políticas da Venezuela para que iniciem um diálogo nacional, com participação de mediadores, o que dará uma oportunidade para encontrar uma solução a favor da democracia e estabilidade social no país.

A segunda fase de coleta de assinaturas estava prevista para os dias 26-28 de outubro. Para a oposição é muito importante realizar o referendo ainda em 2016. Em caso de sua realização depois de 10 de janeiro de 2017, mesmo na condição de se obter uma resposta positiva dos cidadãos venezuelanos à pergunta sobre o término do mandato de Maduro, o cargo de Chefe do Estado durante os últimos dois anos será ocupado pelo atual vice-presidente do país.

Anteriormente as autoridades eleitorais da Venezuela declararam que para este ano a organização desse referendo é impossível.