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Na Turquia, chanceler francês pede fim ao 'massacre' de Aleppo

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O ministro das Relações Exteriores da França instou neste domingo (23) a comunidade internacional a "fazer de tudo" para acabar com o "massacre" na cidade síria de Aleppo, após o recomeço dos combates depois de uma trégua de 72 horas declarada pela Rússia.

Em visita a Gaziantep, província do sudeste da Turquia situada junto à fronteira com a Síria, a menos de 120 km de Aleppo, o chanceler Jean-Marc Ayrault disse que “bombardeios e artilharia continuam a destruir a cidade e massacrar a população."

Para que os refugiados sírios consigam regressar ao seu país, disse o ministro francês, "devemos fazer de tudo para parar este massacre" e retomar as negociações para chegar a um acordo político.

"Não podemos chegar a uma negociação sob as bombas… A solução da guerra total não é uma solução", acrescentou Ayrault.

Durante uma visita posterior a um campo de refugiados em Nizip, sudeste da Turquia, o ministro reiterou a demanda por uma resolução do Conselho de Segurança da ONU condenando o uso de armas químicas na Síria e impondo "sanções" contra os perpetradores. 

"Esperamos que esta resolução não seja prejudicada pelo uso do veto. Se esse fosse o caso, seria uma forma de cumplicidade com o que está acontecendo (…) na Síria", disse ele, em referência indireta à Rússia. 

O chanceler francês se reunirá com seu homólogo turco Mevlut Cavusoglu na capital Ancara na segunda-feira (24) para discutir a Síria e a batalha contra o Daesh (Estado islâmico), bem como a questão da imigração e o Iraque, onde uma grande ofensiva começou na semana passada para liberar Mossul, a segunda maior cidade do país, do controle do grupo terrorista.