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Kremlin revela razão da presença militar russa na Síria

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Manter a presença militar na Síria não é o objetivo em si da Rússia, mas uma forma de ajudar as autoridades do país árabe na luta contra o terrorismo, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.

"Ter um posto de apoio ou uma base [na Síria] não é o objetivo, mas um instrumento para atingir o objetivo e este consiste, como declarou desde o princípio o presidente russo Vladimir Putin, em ajudar as autoridades sírias legítimas na luta contra o terrorismo, contra o Daesh (organização terrorista, proibida na Rússia) e outras grupos terroristas", disse em uma entrevista para o programa russo "Vesti v Subotu".

Ele frisou que o território sírio não pode ser dividido, pois a divisão pode ter "consequências catastróficas para a região".

O porta-voz destacou que o trabalho para a resolução da crise na Síria será longo e tenso e obriga os países a se aproximarem e se entenderem.

"Infelizmente, a informação que recebemos não nos permite ser otimistas despreocupados, é evidente que a comunidade internacional tem pela frente um trabalho longo e tenso", disse Peskov.

Ele acrescentou que a solução da crise será possível "apenas no formato de colaboração multilateral".

A Síria vive desde 2011 um estado da guerra permanente que, segundo os dados da ONU, já matou mais de 230 mil pessoas. As tropas do governo sírio combatem vários grupos rebeldes e organizações militantes, bem como grupos terroristas, inclusive o Daesh e a Frente al-Nusra.

Após meses de operação em que as forças russas ajudaram Damasco a mudar o rumo da guerra e passar à contraofensiva em áreas-chave do país, a Rússia começou a retirada parcial de seu grupo militar da Síria. Ao mesmo tempo, o presidente russo, Vladimir Putin, deixou claro que Moscou vai manter a sua presença militar em Hmeymim e no porto sírio de Tartus.