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Estado Islâmico ataca cidade iraquiana de Kirkuk

Exército já matou 40 terroristas e tenta controlar ação

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Jihadistas do grupo extremista Estado Islâmico (EI) atacaram nesta sexta-feira (21) a cidade de Kirkuk, no norte do Iraque, controlada por forças curdas e iraquianas e onde há um campo de produção de petróleo.    

Testemunhas relatam mortos e feridos. Alguns prédios do governo foram atingidos e emissoras de televisão curdas transmitem ao vivo as imagens da cidade, pelas quais é possível observar tanques blindados do Exército iraquiano tentando expulsar os terroristas. Foram registradas ao menos três explosões, provavelmente causadas por suicidas.    

Nuvens de fumaça cobrem Kirkuk.    

Um comando de jihadistas do EI também atacou uma central elétrica e, de acordo com testemunhas, matou 10 civis. Outro alvo dos terroristas foi um prédio que já funcionou como delegacia de polícia. O Exército iraquiano acredita que os terroristas do Estado Islâmico conseguiram chegar até Kirkuk se misturando entre os milhares de refugiados em fuga da guerra.    

O governo diz que a situação já está sob controle, mas ainda há imagens de confrontos, fumaças e disparos. Em entrevista à ANSA, o bispo caldeu de Kirkuk, monsenhor Yousif Thomas Mirkis, diz que a cidade foi invadida por cerca de 50 terroristas e que "uns 40 foram mortos" até agora. O religioso está em Veneza para um evento, mas mantém contato com os civis locais.    

"Alguns terroristas fizeram pessoas de reféns em uma mesquita, aproveitando-se das tradicionais orações de sexta-feira", disse Mirkis. O ataque do Estado Islâmico é uma retaliação à ofensiva militar a Mosul. Desde segunda-feira (17), homens iraquianos e da coalizão internacional tentam retomar a cidade de Mosul, considerada a capital do califado do EI, em uma das principal batalhas contra o grupo terrorista.