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Maduro afrouxa repressão e 'solta' opositor

Manuel Rosales estava preso em sede da Inteligência do país

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As autoridades venezuelanas decidiram conceder o benefício da prisão domiciliar ao opositor do governo Manuel Rosales, político preso desde outubro do ano passado em uma das sedes do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin) em Caracas.    

A informação foi confirmada pela esposa do ex-governador do estado de Zulia e atual prefeita da cidade de Maracaibo, Eveling de Rosales, em sua conta do Twitter na noite desta quarta-feira, dia 19. "Medida cautelar de detenção domiciliar para Manuel Rosales, agora pedimos a Deus e à [Virgem da] Chinita a sua liberdade absoluta", escreveu a venezuelana.    

Além disso, Carlos Rosales, um dos filhos do opositor, compartilhou em seu Instagram duas fotos que o mostram junto a seu pai já em sua casa e o secretário-geral da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), Ernesto Samper, disse que a decisão "fortalece o diálogo entre os venezuelanos".    

Samper é um dos principais promotores do processo que tenta encurtar o governo do atual presidente do país, Nicolás Maduro, junto aos líderes da coalizão opositora Mesa da União Democrática (MUD), para buscar soluções da complexa crise que a Venezuela enfrenta nos últimos anos.    

Rosales, que ficou seis anos exilado, foi preso em 15 de outubro do ano passado quando pousou no Aeroporto de La Chinita, em Maracaibo, vindo em um voo comercial de Aruba.    Desde então, o venezuelano ficou detido na sede do Sebin El Helicoide, em Caracas, por acusações de supostos atos de corrupção quando exerceu seu mandato de governador de Zulia, entre os anos de 2000 e 2008, e de prefeito de Maracaibo, entre 1996 e 1999.    

Junto a Leopoldo López e Antonio Ledezma, Rosales é considerado um dos "presos políticos" mais expressivos da história recente da oposição venezuelana.