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Referendo contra refugiados na Hungria pode ser invalidado

Pesquisas preveem baixa participação popular na consulta

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Pesquisas de intenção de voto divulgadas neste sábado (1º) mostram que o referendo deste domingo (2) na Hungria sobre as cotas de refugiados da União Europeia pode ter seu resultado invalidado por falta de quorum.

Segundo as sondagens, a afluência às urnas deve ficar entre 38% e 48% do eleitorado, abaixo do mínimo de 50% mais um exigido pela legislação para que a consulta popular tenha efeito. O instituto Median, tido como o mais confiável, estimou o índice de participação em 42%.

As pesquisas também mostram que, entre os votos válidos, o "não" às cotas deve vencer com uma esmagadora maioria de 80% a 90% do total. Contudo, a tática da abstenção é muito comum na Europa para invalidar referendos.

O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, idealizador da votação, ainda fez um último apelo à população, dizendo que a consulta é um "assunto nacional" e que ir às urnas é um "dever patriótico".

O sistema de redistribuição de solicitantes de refúgio na União Europeia foi aprovado no segundo semestre de 2015, apesar da forte oposição de países do leste, liderados pela Hungria. O plano prevê realocar 120 mil pessoas, mas até agora apenas 5,6 mil foram beneficiadas.