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Pressionado, líder socialista espanhol renuncia ao cargo

Pedro Sánchez deixou o comando do Psoe após veto a moção

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O secretário-geral do Partido Socialista Operário Espanhol (Psoe), Pedro Sánchez, renunciou ao cargo neste sábado (1º), após o conselho federal da legenda ter vetado uma moção do líder para antecipar as primárias para outubro.

Sánchez já vinha sendo pressionado pelos caciques do Psoe a pedir demissão por conta do impasse político vivido pela Espanha, mas pretendia renovar seu mandato de secretário-geral em uma nova eleição entre os filiados da sigla.

Aos 44 anos, o socialista foi duramente criticado por ter levado o partido ao pior momento de sua história, com uma sequência de derrotas que ameaçam seu futuro como líder da esquerda espanhola. O último vexame da legenda foi nas eleições regionais na Galícia e no País Basco, ocorridas no último domingo (25).

Na primeira, o conservador Partido Popular (PP), do premier encarregado Mariano Rajoy, conquistou 41 das 75 cadeiras de deputado que estavam em jogo, enquanto o Psoe obteve apenas 14, empatado com o Podemos, que ficou à frente no voto: 19% a 18%.

No segundo, Psoe e PP ficaram com nove assentos cada, ambos atrás do Podemos, que alcançou 11. A vitória ficou com Partido Nacionalista Basco (PNV), com 29, seguido pelos separatistas do Bildu, com 17. A ascensão do Podemos é um dos principais fatores para a derrocada do Psoe, roubando parte do eleitorado de centro-esquerda do partido que polarizou a política italiana com o PP nos últimos 30 anos.

Além disso, Sánchez perdeu popularidade por se recusar a negociar um governo de coalizão com Rajoy, algo que pode levar a Espanha às urnas pela terceira vez em um ano. Uma possível candidata a sua sucessão na liderança do Psoe é a presidente da Andaluzia, Susana Díaz.

Enquanto um novo secretário-geral não é eleito, o partido será comandado por uma direção interina.