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Cristina Kirchner: 'Queriam para mim um fim igual ao de Dilma'

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A ex-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, afirmou que a "direita conservadora" de seu país tinha a intenção de tirá-la do Governo de uma maneira semelhante ao "golpe institucional" sofrido por Dilma Rousseff.

"Eu creio que a direita conservadora, restauradora de velhos privilégios, que quer a América Latina como mero exportador de matérias-primas, com milhões de excluídos, também tentou uma fim para mim semelhante ao de Dilma; estou absolutamente convencida de que o projeto era me destituir", afirmou a ex-presidente ao ser condecorada com a ordem de mérito Manuela Sáenz, nesta quinta-feira (29), em Quito, Equador.

?Ela considerou "inegável" o avanço dos "restauradores da ordem neoconservadora" na América do Sul, e alertou sobre uma mudança de "relações de forças" que dificulta a coordenação entre os setores progressistas da região.  

"Talvez o exemplo mais óbvio dessa mudança na relação de forças tenha sido o fato de que não foi possível impedir o golpe institucional sofrido pela nossa companheira Dilma Rousseff na República Federativa do Brasil", disse ela.

A ordem de mérito Manuela Sáenz premia destacadas líderes latino-americanas. 

A cerimônia foi realizada na sede da Assembleia Nacional do Equador. O prêmio foi dado pela presidente da Assembleia, Gabriela Rivadeneira, que observou que a ex-presidente da Argentina "uma das mulheres mais proeminentes da política internacional e da América Latina".