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Líder socialista nega renúncia após nova derrota na Espanha

Pedro Sánchez tem sido pressionado a deixar secretaria do Psoe

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Após mais uma derrota histórica do Partido Socialista Operário Espanhol (Psoe), o secretário da legenda, Pedro Sánchez, garantiu nesta segunda-feira (26) que não renunciará ao cargo e que tentará renovar seu mandato nas primárias que devem ocorrer em 23 de outubro.

Sánchez, 44 anos, vem sendo duramente criticado por ter levado o Psoe ao pior momento de sua história, com uma sequência de derrotas que ameaçam o futuro do partido como líder da esquerda na Espanha.

"A marca Psoe parece sempre mais difícil de ser consertada frente à implacável sucessão de derrotas históricas. O desastre socialista deixa Pedro Sánchez em uma situação impossível", diz um editorial do jornal "El País" publicado nesta segunda.

O último vexame da legenda foi nas eleições regionais na Galícia e no País Basco, ocorridas no último domingo (25). Na primeira, o conservador Partido Popular (PP), do primeiro-ministro encarregado Mariano Rajoy, conquistou 41 das 75 cadeiras de deputado que estavam em jogo, enquanto o Psoe obteve apenas 14, empatado com o Podemos, que ficou à frente no voto: 19% a 18%.

No segundo, Psoe e PP ficaram com nove assentos cada, ambos atrás do Podemos, que alcançou 11. A vitória ficou com Partido Nacionalista Basco (PNV), com 29, seguido pelos separatistas do Bildu, com 17. A ascensão do Podemos é um dos principais fatores para a derrocada do Psoe, roubando parte do eleitorado de centro-esquerda do partido que polarizou a política italiana com o PP nos últimos 30 anos.

Além disso, Sánchez vem perdendo popularidade por se recusar a negociar um governo de coalizão com Rajoy, algo que pode levar a Espanha às urnas pela terceira vez em um ano. Uma possível candidata a sua sucessão na liderança do Psoe é a presidente da Andaluzia, Susana Díaz.