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Presidente da Catalunha quer novo referendo em 2017

Se consulta não for permitida, eleições serão realizadas

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O presidente do autogoverno da Catalunha, Carles Puigdemont, afirmou nesta segunda-feira, dia 12, que pedirá ao governo espanhol a criação de um referendo para a separação da Catalunha em 2017 e que, se Madri dizer não à ideia, convocará "eleições constituintes".

Sobre o assunto, o ministro da Justiça, Rafael Catalá, disse que uma consulta como essas "é algo que não existe no nosso ordenamento jurídico" e advertiu Puigdemont que chamar os catalães às urnas terá consequências; "todo o peso da lei".

No entanto, o "presidente catalão" disse querer formular um referendo que seja "obrigatório", de modo que tenha "os standards mais aceitos do mundo em relação à participação e à validação.

Seu predecessor, Arthur Mas, já havia convocado uma consulta, que foi facultativa e ilegal, no dia 9 de novembro de 2014, quando cerca de 30% dos catalães votaram e 80% deles se mostraram a favor da independência da região.

Puigdemont rechaçou a ideia de fazer mais um referendo de modo unilateral e aceitou a ideia do partido Candidatura de Unidade Popular (CUP), que voltou a dizer que a consulta popular não "deve levar em conta o Estado".

Em caso que o referendo não seja possível, o catalão disse que convocará "eleições constituintes" para setembro de 2017 e, em caso de vitória independentista, a Catalunha passaria a atuar "de fato" como um Estado, já que o parlamento que apareceria adotaria decisões de forma unilateral.

As declarações de Puigdemont foram feitas um dia após cerca de 800 mil pessoas terem se reunido na região para pedir um referendo e comemorar o Dia da Catalunha, comemorado em 11 de setembro.

O presidente do autogoverno da região, que assumiu o cargo no ano passado, disse que seu objetivo é levar a Catalunha "às portas da independência".