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Número de mortos em terremoto na Itália sobe para 159

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Subiu para 159 o número de mortos no terremoto desta quarta-feira (24), na Itália. Das vítimas, 106 morreram em Accumoli e Amatrice e 53 em Arquata. De acordo com informações oficiais da Itália, mais de 300 feridos foram resgatados, mas as autoridades ainda não sabem precisar quantas pessoas estão desaparecidas. O tremor atingiu 6 graus na escala Richter. 

O primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, disse que os feridos foram levados para fora de Amatrice e Accumoli em helicópteros e ambulâncias. "Foram 368 somente nesta manhã", disse Renzi. "Há alguns problemas para o reconhecimento dos corpos, mas estamos trabalhando nisso".

Renzi fez a declaração em Rieti, uma das províncias mais afetadas pelo abalo sísmico, onde o premier também destacou que será preciso um "longo período de gestão" para lidar com a emergência provocada pelo terremoto. "A emergência demandará um longo período de gestão. Deveremos estar todos à altura deste desafio", disse.

Amatrice, a cidadezinha italiana de 2,6 mil habitantes devastada pelo terremoto, é considerada um dos vilarejos mais belos do país. Fundado na Idade Média, o município abriga mais de 100 igrejas históricas e faz parte do Parque Nacional del Gran Sasso e Monti della Laga, o terceiro maior da Itália. Por conta disso, é um conhecido destino turístico da região do Lazio. 

Além disso, amantes dos pássaros viajam a Amatrice para observar a águia-real, que tem na cidade um de seus principais locais de nidificação. Seu centro histórico, destruído pelo tremor, era rodeado por um sistema de fortificações, com alguns trechos visíveis até os dias de hoje. 

No coração do município, se destaca a Torre Cívica, feita de pedra e que se ergue a 25 metros de altura em frente à Prefeitura. Ela é datada do século 13. A cidade também é um polo da gastronomia italiana por ser uma importante produtora de guanciale e queijo pecorino, dois ingredientes do molho matriciana, que deve seu nome a Amatrice.

Em 2015, o município entrou para o guia "I borghi più belli d'Italia" ("Os vilarejos mais belos da Itália"), que reúne cidadezinhas pitorescas com o melhor da tradição do país. No próximo fim de semana, receberia o Festival do Espaguete à Matriciana, por isso estava repleta de turistas. 

Presidente pede união

O presidente da Itália, Sergio Mattarella, afirmou que o país passa por um "momento de dor e de apelo à responsabilidade comum". "O meu primeiro pensamento vai às tantas vítimas desse devastador sismo que atingiu parte do território nacional", disse o chefe de Estado.  

Além disso, ele destacou que é preciso "usar todas as forças" para salvar vidas, curar feridos e oferecer às melhores condições possíveis aos desabrigados. "Depois será necessário um rápido esforço para garantir a reconstrução dos centros destruídos e a retomada das atividades produtivas", ressaltou Mattarella.

Com Ansa