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Damasco insiste que não tem nada a ver com ataques contra bairro de Aleppo

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Damasco não está ligado aos bombardeios do bairro de Quaterji na cidade de Aleppo, informou o representante permanente da Síria na ONU Bashar Jaafari.

Anteriormente na mídia apareceu um vídeo do Centro Médico de Aleppo sobre o salvamento de Omran Daqneesh, uma criança de cinco anos, cuja casa no leste da cidade foi destruída.

“Eu queria informar os respeitáveis membros do Conselho da Segurança [da ONU] que nós desmentimos o fato de que nos culpam do bombardeio do bairro de Quaterji”, disse ele na sessão do Conselho da Segurança.

O diplomata sublinhou que Moscou também repudiou as acusações e por isso “os criminosos devem estar em algum outro lugar”.

O destino do menino se tornou um símbolo do estado trágico das crianças em Aleppo. Os jornalistas, citando funcionários do centro, afirmaram que o ataque aéreo foi efetuado pela Força Aeroespacial da Rússia em 17 de agosto.     

O representante oficial do Ministério da Defesa da Rússia, general Igor Konashenkov, refutou estas acusações. O general sublinhou que o bairro Quaterji fica junto a dois corredores que foram criados no quadro da operação humanitária para evacuar civis. Segundo o porta-voz da entidade russa, major-general Igor Konashenkov, a Rússia tem reiterado imensas vezes que os aviões da Força Aeroespacial da Rússia nunca atingem alvos dentro dos limites de povoações.

Nos últimos meses Aleppo se tem tornado objeto de confrontos entre combatentes rebeldes e tropas leais ao governo sírio. Na segunda-feira, os rebeldes fizeram uma tentativa para romper as posições das tropas do governo no centro-oeste e sudoeste da cidade cercada, mas esse ataque foi repelido.

No final de julho, uma operação humanitária de larga escala foi iniciada em Aleppo. As tropas sírias apoiadas pela Rússia criaram corredores para possibilitar a saída dos residentes locais e militantes rendidos. O presidente sírio Bashar Assad prometeu garantir anistia aos radicais que depuserem as armas e voltarem à vida pacífica nos próximos três meses.

Ao mesmo tempo, os terroristas ameaçam matar civis em caso de eles abandonarem os bairros controlados pelas tropas do governo.