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Cidade dos EUA enfrenta segunda noite de protestos após morte de homem negro

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A cidade de Milwaukee, a maior do estado de Wisconsin, nos Estados Unidos, enfrentou neste domingo (14) a segunda noite consecutiva de protestos. Manifestantes jogaram pedras e garrafas em lojas e prédios públicos, incendiaram carros e lojas e entraram em confronto com a polícia. Semáforos e abrigos de ônibus foram destruídos. A revolta começou na tarde de sábado (13), quando a polícia atirou e matou um homem afro-americano de 23 anos. 

Pelo menos um policial foi levado para o hospital, depois de ser atingido por uma pedra jogada no interior do carro por um dos manifestantes. Uma pessoa também foi ferida à bala e levada ao hospital. A agitação continuou pela madrugada desta segunda-feira. A polícia efetuou várias prisões e cercou o centro da cidade.

A polícia norte-americana alegou que o homem morto no sábado foi parado em uma blitz e tentou fugir, com uma arma na mão, e ainda que ele teria ficha criminal. Manifestantes encheram as ruas da área. Houve tiros e a violência se espalhou por outras áreas da cidade.

O secretário de imprensa da Casa Branca, Jen Friedman, disse neste domingo que o presidente Barack Obama recebe todas as informações sobre o desenrolar dos acontecimentos em Milwaukee.

Conflitos raciais, envolvendo a polícia e manifestantes, têm ocorrido em várias cidades norte-americanas nos últimos meses. Em 7 de julho deste ano, um atirador matou cinco policiais em Dalas, no Texas, e feriu mais nove. Dois civis também ficaram feridos. O tiroteio aconteceu no fim de um protesto pacífico contra o assassinato de negros, pela polícia, em Baton Rouge, Louisiana, e em Falcon Heights, Minnesota, que tinha ocorrido poucos dias antes da manifestação.

Esses confrontos provocaram um intenso debate sobre o papel da polícia no país. Em Milwaukee, em 2014, a polícia matou um homem negro que estava desarmado. O crime provocou na época vários protestos pacíficos na cidade.

* Da Agência Brasil