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Hillary e Bill, o casal inabalável dos Estados Unidos

Com candidatura de Hillary, dupla pode voltar à Casa Branca

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Mais uma vez o casal Bill Clinton e Hillary Clinton tem a Casa Branca em seu horizonte, com a confirmação da ex-primeira-dama à candidata oficial do Partido Democrata nas eleições de novembro. O ex-presidente e a ex-secretária de Estado, que pode se tornar a primeira mulher a ocupar o Salão Oval, carregam nas costas uma história de amor e ódio que chegou a dividir os Estados Unidos.

    A aventura amorosa do casal começou em Yale e teve sua primeira fase concluída em 1975, com o matrimônio entre Hillary e Bill. O casal viveu 40 anos debaixo dos holofotes da mídia, sob os quais enfrentaram provas duríssimas, sendo a mais dolorosa para a ex-primeira-dama o escândalo de traição de Bill com a ex-estagiária da Casa Branca Mônica Lewinsky. "As decisões mais difíceis foram: continuar casada com Bil e lançar minha candidatura ao Senado por Nova York", confessou Hillary em sua autobiografia. Caso eleita, não somente Hillary entrará para a história norte-americana como a primeira mulher na Presidência, mas Bill também se tornará o "primeiro-cavalheiro" na política dos Estados Unidos. Para a carreira política de Hillary, Bill foi um elemento positivo, mas também negativo. Considerado um dos ex-presidentes dos EUA mais amados da história, Bill tem uma dose extra de simpatia e humanismo que Hillary não tem. Mas, em 2008, o ex-presidente colocou sua reputação em apuros ao criticar o então "principiante" Barack Obama, que escolheu a ex-primeira-dama para sua Secretaria de Estado assim que foi eleito. O papel de Bill na campanha de Hillary é claro: ele sabe que pode ser um fator fundamental para conquistar o apoio do eleitorado branco que votou nele no passado. Alguns analistas dizem que o ex-presidente está obcecado pela conquista da Florida e de outros estados cuja preferência está em aberto entre Hillary e o republicano Donald Trump. Mas o próprio ex-presidente também sabe que, em certas situações, pode ser um freio para Hillary. Ele chegou a recomendar que sua esposa o deixasse para poder se concentrar em sua carreira política, que já tem uma série de acusações.

    Entre elas, destacam-se a de cumplicidade em casos de complô contra rivais, vandalismo na Casa Branca, uso indevido do FBI, o escândalo de viagens para amigos e, o mais recente, o caso "emailgate" de Hillary, no qual a então secretária de Estado teria usado suas contas eletrônicas pessoais para tratar assuntos oficiais da Casa Branca. Mesmo no meio de um turbilhão de fatos positivos e negativos, o casal permanece junto. (ANSA)