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Exército do Iraque prepara grande ofensiva contra o Estado Islâmico

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Exército do Iraque, juntamente com forças Peshmerga, está preparando grande ofensiva contra grupo terrorista Estado Islâmico (proibido na Rússia) em Mossul.

A assim chamada Peshmerga (forças armadas do Curdistão iraquiano) e o exército do Iraque estão preparando uma enorme ofensiva contra grupo terrorista, instalado na cidade de Mossul. A ofensiva busca libertar a cidade. 

A informação foi divulgada pelo representante do governo regional do Curdistão, Helgurd Hikmet, que discutiu com a Sputnik os pormenores da operação. 

Cerca de 50 mil soldados iraquianos, 20 mil soldados de Peshmerga, 10 mil combatentes turcomanos (turcomanos sírios, ou turcos sírios) e membros de tribos sunitas participarão da ofensiva.

"A ofensiva contará com o exército iraquiano e membros de tribos sunitas na linha de frente de combate, seguidos pelos Peshmerga e turcomanos. As forças da coalizão garantirão a cobertura do ar. A Peshmerga disse que seus membros não entrarão no centro de Mossul, já que não seria justo para curdos tomar o controle da cidade árabe", informou Helgurd Hikmet.

Ele sublinhou também que além de ataques aéreos, a coalizão liderada pelos EUA também dará suporte logístico para as forças no terreno.

Recentemente, houve um encontro em Washington entre os chanceleres dos países-membros da coalizão contra Estado Islâmico, sendo destacada a prioridade de libertar Mossul.

O representante do governo curdo contou à Sputnik, que será preciso cerca de um ano para expulsar todos os jihadistas da cidade iraquiana, localizada no norte do país.

"As forças de Peshmerga que controlam os subúrbios do oeste, norte e leste, irão avançar para o centro da cidade. Atualmente, o exército iraquiano controla os subúrbios do sul e sudeste da cidade e os arredores da cidade de Makhmour", explicou Hikmet, destacando que recentemente um dos comandantes do Estado Islâmico, Omer ash-Shishani, foi executado pelo exército iraquiano.

O entrevistado também destacou que, inicialmente, os americanos não gostavam da proposta de Bagdá sobre a participação de milícias xiitas na operação de libertação da cidade de Mossul,  que conta com grande parcela da população sunita.

Os combatentes xiitas, que libertaram Falujah e várias outras cidades do Iraque contra grupos terroristas, agora são acusados de fazer atos bárbaros contra a população sunita, trazendo a possibilidade de conflitos religiosos entre eles.

Outra razão para Washington de querer que xiitas não interfiram, é devido à relação próxima que eles têm com o Irã.

"De outro lado os americanos saúdam a participação de combatentes turcomanos treinados na Turquia. Já a Turquia, é contra a participação de forças de autodefesa de yazidis da cidade de Shengal e das pessoas ligadas com o Partido dos Trabalhadores do Curdistão, que são proibidos na Turquia", acrescentou Hikmet.

Mesmo levando em consideração todas as divergências de opiniões, o entrevistado destaca: "O exército do Iraque, a Peshmerga e outras forças devem trabalhar nas suas diferenças até o começo da operação de libertar Mossul".

Entrevistado pela Sputnik, o comandante da Frente Turcomano Iraquiano da capital do Curdistão sírio Arbil, Aydin Maruf, acredita que a operação que visa expulsar os terroristas do Estado Islâmico, dos arredores de Mossul, já teria começado.