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Sírio explode bomba e deixa 12 feridos na Alemanha

Agressor foi única vítima fatal do atentando até o momento

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Um refugiado de origem síria explodiu uma bomba, se matando e ferindo ao menos 12 pessoas, sendo que três estão em estado grave, na noite do último domingo, dia 25, durante um festival de música realizado na cidade de Ansbach, nas proximidades de Nuremberg, na Alemanha. O homem, identificado como um imigrante sírio de 27 anos que pedia asilo no país, explodiu uma bomba que trazia em sua mochila quando tentava entrar em um festival local de música, onde se encontravam cerca de 2.500 pessoas.    

O criminoso já havia tentado se matar em pelo menos duas ocasiões e esperava ser extraditado. Ele tinha passagem pela Polícia alemã por crimes relacionados ao uso e venda de drogas.    

Ainda que o atentado não tenha sido reivindicado por nenhum grupo, autoridades acreditam que a ação tenha sido inspirada nos recentes ataques dos militantes jihadistas do Estado Islâmico (EI, ex-Isis).    

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, está acompanhando a situação e lamentou os episódios de violência, como informaram representantes.    

Ataques - Esse é mais um de uma série de ataques do tipo no espaço de poucos dias no país. Ainda na noite do último domingo, um refugiado sírio de 21 anos matou uma mulher com um facão em Reutlingen e deixou outras duas pessoas feridas durante um ataque em um restaurante que, segundo as autoridades locais, não tinha ligações com terrorismo. Na última sexta-feira, um homem abriu fogo em um shopping em Munique, deixando nove mortos e mais de 30 feridos. O atirador, identificado como Ali Sonboly, um jovem de 18 anos de origem iraniana, era obcecado por armamentos e sofria com bullying na escola.    Na última segunda-feira, dia 18, um jovem afegão de 17 anos invadiu um trem com destino a Wurzburg, no centro-sul da Alemanha, com um machado e feriu quatro pessoas, sendo três gravemente.    

Refugiados - Os episódios podem reacender o debate sobre as políticas de acolhimento adotadas pelo governo Merkel. No início do ano, sua decisão de receber milhares de refugiados já havia sido bastante criticada após a onda de abusos sexuais registrada em Colônia na noite de Ano Novo. A Chancelaria alemã pediu que a população local não generalize os fatos e não culpe todos os refugiados pelo ocorrido. O governo de Berlim ainda destacou que a maior parte dos atentados terroristas registrados nos últimos meses não foram realizados por imigrantes.