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Freiras admitem que esperavam aliado de Kirchner em convento

Freiras são interrogadas por escândalo do convento na Argentina

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As freiras de clausura María Antonia Casas e Marcela Albin foram interrogadas pela Justiça da Argentina em meio a investigações sobre o aliado da ex-presidente Cristina Kirchner detido enquanto tentava esconder uma fortuna de mais de US$ 8,5 milhões no convento onde elas moram. José López, que atuou na gestão do casal Kirchner de 2003 a 2015 como secretário de Obras Públicas, foi preso em junho com 160 sacos repletos de pesos argentinos que seriam escondidos no convento localizado na cidade de General Rodríguez, a cerca de 40 quilômetros da capital argentina. As duas religiosas estavam no local quando ele tocou a campainha tentando entrar com as sacolas repletas de dinheiro e uma arma.    

Elas confirmaram que a visita era esperada, mas disseram que só souberam do conteúdo dos sacos quando o ex-ministro foi detido.    

A irmã Celia Inés Aparicio, uma freira do convento de Nossa Senhora do Rosário de Fátima que não é de clausura, é suspeita de ter ajudado o ex-ministro. Ela está sendo acusada de acobertar o caso e irá depor em 1° de agosto.    

O nome de Aparicio foi envolvido no caso após vir à tona imagens de segurança que mostram a religiosa ajudando López a carregar os pacotes de dinheiro para dentro do convento. Além disso, foram encontrados registros de comunicações telefônicas entre os dois horas antes da prisão do ex-aliado kirchnerista. Ela se defendeu dizendo que achava que os sacos de dinheiro na verdade continham comida.    

O escândalo traz duramente à tona as denúncias de corrupção que mancharam o mandato da ex-presidente Cristina Kirchner. A imprensa local especula se a soma se trataria de propinas recebidas durante sua gestão para facilitar o contrato de obras públicas.