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Estado Islâmico reivindica autoria de atentado em Nice

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O grupo radical Estado Islâmico (EI) reivindicou o massacre em Nice, no sul da França, informou neste sábado (16) a agência Amaq, ligada ao grupo jihadista.

"O autor da operação é um soldado do Estado Islâmico. Executou a operação em resposta aos chamados para atacar cidadãos dos países da coalizão internacional que lutam contra o EI no Iraque e na Síria", afirmou a Amaq.

Um motorista dirigindo um caminhou avançou sobre pessoas que celebravam a Queda da Bastilha, em Nice, matando mais de 80 pessoas e deixando 200 feridos na noite de quinta-feira (14).

O autor do ataque foi identificado como como Mohamed Lahouaiej Bouhlel, de 31 anos, um francês de origem tunisiana.    

Veja o momento em que policiais atiram contra autor de ataque

Nascido na própria cidade, ele trabalhava como motorista de uma empresa de entregas. Era alugado o caminhão com o qual se lançou contra a multidão que festejava o Dia da Bastilha, feriado nacional francês. 

Ele andou por quase 2 quilômetros a cerca de 80 km por hora, atingindo o maior número de pessoas possível. Após ser parado, ele ainda abriu fogo contra a multidão.    

Bouhlel já havia sido detido recentemente por atos de violência, mas não tinha seu nome ligado ao terrorismo. O ministro do Interior da França, Bernard Cazeneuve, disse que Bouhlel não se distinguiu nos últimos anos por sua "adesão ideológica ao islamismo radical". "Mas parece que ele se radicalizou muito rapidamente", acrescentou. 

Fontes próximas ao inquérito que apura as motivações do ataque declararam ao jornal "Le Figaro" que ainda não há nenhuma prova concreta de que o agressor tenha jurado fidelidade ao EI, como fazem de costume os terroristas antes de morrerem como "mártires". 

Os investigadores estão realizando um minucioso trabalho nos aparelhos eletrônicos encontrados na casa de Bouhlel, porém até o momento não identificaram nenhum elemento relativo a um possível interesse pela jihad.

Sua irmã, Rabeb Bouhlel, afirmou ao mesmo diário que ele sofria de "problemas psicológicos" e havia consultado diversos especialistas na Tunísia. O agressor se mudou para a França em 2011 e virou cidadão do país graças a seu casamento, encerrado pouco antes do ataque em Nice. 

Ele tinha três filhos, e amigos o descreveram como um homem solitário, não muito religioso e que sequer havia completado o último Ramadã, mês durante o qual os muçulmanos jejuam do nascer ao pôr do sol. 

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