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Cantão italiano da Suíça proíbe burca em espaços públicos

Medida adotada pelo Ticino entrou em vigor nesta sexta-feira

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Entrou em vigor nesta sexta-feira (1º) a lei que proíbe o uso de burca nos espaços públicos do Ticino, o cantão de língua italiana da Suíça.    

O texto não faz referência específica à vestimenta que cobre todo o corpo e rosto de mulheres muçulmanas, mas diz que é vetado endossar peças que "dissimulem ou escondam a própria cara". Ele é resultado de um plebiscito realizado em 2013 e também restringe o niqab, que deixa à mostra apenas os olhos.    

O Ticino é o primeiro cantão da Suíça a proibir o uso do véu integral em lugares públicos, seguindo o modelo já adotado na França. Quem desrespeitar a nova regra estará sujeito a multas que vão de 10 (R$ 33) a 10 mil francos suíços (R$ 33 mil).    

No entanto, a polícia local disse que aplicará a lei com "bom senso". "Não daremos uma sanção logo de cara, mas sim realizaremos o reconhecimento da pessoa. Se a pararmos uma segunda vez, aí procederemos de acordo com os dispositivos da lei", afirmou Roberto Torrente, comandante da polícia de Lugano, principal cidade do Ticino.    

Já na vizinha Locarno foi realizada uma manifestação contra a medida, e uma suíça convertida ao islamismo, Nora Illi, recebeu multa por "instigação". Ela acompanhava o empresário franco-argelino Rachid Nekkaz, que prometeu pagar as sanções impostas a mulheres pegas com a burca e o niqab no cantão.