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Bento XVI rompe silêncio e fala sobre renúncia em livro

Ratzinger ainda falou sobre 'lobby gay' no Vaticano

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O papa emérito Bento XVI, o primeiro da história a renunciar ao Papado em 2013, conta para o jornalista alemão Peter Seewald os motivos que o levaram a deixar o comando da Igreja Católica, o que ele chama de "lobby gay" no Vaticano e o que pensa sobre seu sucessor, o papa Francisco. A publicação, uma espécie de autobiografia e entrevista, será lançada mundialmente no dia 9 de setembro e se chamará "Ultime conversazione" ("Últimas conversas", em tradução livre).    

Segundo trechos do livro divulgado pelo jornal italiano "Corriere della Sera", Joseph Ratzinger afirma que não houve pressão para sua renúncia e que contou o fato a apenas alguns amigos mais próximos, para não haver fuga de informações. Ele ainda afirmou que encontrou muitas "dificuldades" para mexer na "porcaria" que via na Igreja, mas que não teve a determinação suficiente para resolver esses problemas.    

O alemão ainda contou que ficou bastante "surpreso" com a escolha de Jorge Mario Bergoglio para ser seu sucessor, mas que ficou impressionado com a simpatia dele com a multidão que o aguardava na Praça São Pedro. Sobre o "lobby gay", Bento XVI afirmou que o grupo de "quatro ou cinco pessoas" foi "neutralizado" e que ele não influenciou na sua saída do cargo. Há muita especulação de que essas pessoas teriam sido, em grande parte, responsáveis pela renúncia do então Papa.    

Além disso, a obra apresenta passagens da vida de Ratzinger sob o regime nazista na infância e os difíceis anos pós-guerra que enfrentou - sob a ótica pessoal e religiosa.