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Sob ameaças, líderes tentam reiterar importância do Nafta

Trump disse que acabará com acordo se for eleito

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Pouco após o pré-candidato republicano à Casa Branca Donald Trump defender o fim do Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (Natfa, na sigla em inglês), os líderes dos EUA, Barack Obama, do Canadá, Justin Trudeau, e o do México, Enrique Peña Nieto, se comprometeram a aprofundar seus laços econômicos. Em comunicado conjunto, os "três amigos", como são conhecidos, disseram que "baseados nesta forte relação econômica trilateral, facilitaremos ainda mais o comércio entre nossos países e melhoraremos as redes que nos permitem produzir juntos bens e serviços".

    Na abertura da reunião do Nafta, realizada em Ottawa, Peña Nieto ainda destacou que "o isolacionismo não é o caminho para o progresso"."Somos vizinhos, somos amigos, e essa amizade é baseada em uma forte cooperação e trabalho em equipe".

    Obama, por sua vez, disse, sem mencionar Trump, que é comum ouvir "propostas que ignoram a importante contribuição dos mexicano-americanos e a força das nossas relações com o México".

    O polêmico magnata, cuja uma das principais bandeiras de sua campanha é a construção de um muro na fronteira com o México, defendeu nesta semana que o tratado é a razão de todos os problemas dos trabalhadores de seu país. "Se [Canadá e México] não quiserem renegociar os termos do acordo, então manifestarei que os Estados Unidos têm a intenção de se retirar", disse.

    A verdade é que o republicano não é a única ameaça ao Nafta. O acordo também se vê intimidado pelo Acordo de Associação Transpacífico (TPP, na sigla em inglês), que inclui, além dos três países, outras nove nações da Ásia e da América Latina e poderia se tornar muito mais interessante, individualmente, para os "três amigos". (ANSA)