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Professor 'antissistema' é o novo presidente da Islândia

Islândia elegeu Gudni Johannesson, que não tem carreira política

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Com um discurso de mudanças e contrário ao sistema, o professor de história Gudni Johannesson conseguiu tirar do Poder Olafur Grimsson, na Presidência da Islândia há cerca de 20 anos, e será o novo líder do país.

    Sem currículo político, o candidato independente de 48 anos foi eleito com quase 40% dos votos, segundo dados oficiais, e, assume o cargo, essencialmente representativo, em 1º de agosto.

    O "professor", como foi apelidado, ficou famoso em seu país por suas posições contrárias ao governo, na ilha que foi dramaticamente afetada pela crise econômica de 2008. Ele decidiu se candidatar à Presidência após uma onda de indignação, quando Grimsson teve seu nome envolvido no escândalo do "Panamá Papers" e retirou sua candidatura.

    O escândalo também resultou na queda do então primeiro-ministro, Sigmundur David Gunnlaugsson, após uma série de protestos da população.

    O presidente eleito celebrou o resultado da eleição neste final de semana e prometeu que seu primeiro ato oficial será assistir a partida entre Islândia e Inglaterra nas oitavas de final da Eurocopa, na França.

    Johannesson é conhecido por sua paixão pelo futebol, assim como cerca de 10% de seus compatriotas, ou seja, cerca de 33 mil pessoas, que se encontram em território francês para acompanhar a seleção islandesa, que conseguiu pela primeira vez se classificar na fase de grupos em uma competição.

    Johannesson, que abandonou o catolicismo após escândalos de pedofilia, é considerado um inconformista e um acadêmico renomado.

    Uma de suas principais bandeiras é a inclusão do referendo popular na Constituição do país e a diminuição dos já poucos poderes do presidente. Assim como a maioria dos islandeses, ele ainda é conhecido por sua postura eurocética. (ANSA)