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Espanha volta às urnas para escolher Parlamento

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O rei da Espanha, Felipe VI, dissolveu o Parlamento do país em maio e convocou novas eleições para o Legislativo, realizadas hoje (26). A medida foi necessária porque os principais partidos eleitos em dezembro do ano passado não conseguiram formar um governo de coalizão. Pela primeira vez, desde a redemocratização da Espanha, em 1975, os eleitores terão que voltar às urnas para recompor o Parlamento, base do sistema parlamentarista. É preciso que um partido obtenha maioria absoluta ou que dois ou mais partidos formem uma coalizão que atinja essa maioria. A partir daí, é escolhido o primeiro-ministro, que exerce o Poder Executivo junto com o gabinete de governo.

As últimas pesquisas indicam que o PP (Partido Popular, de direita), do atual chefe de governo, Mariano Rajoy, deverá ser o mais votado, conquistando 30% dos votos. Nas última eleições, em dezembro, conseguiram 28,7% dos votos, segundo a Agência Lusa.

A grande surpresa deverá ser o Unidos Podemos (uma aliança de radicais de esquerda, comunistas, ecologistas e partidos regionais). Segundo as pesquisas, o grupo pode receber 26% dos votos e ultrapassar o PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol), que nos últimos 35 anos alternou à frente do governo espanhol com o PP, conforme a Lusa

O PSOE poderá ser o fiel da balança, com 21% dos votos, quando em dezembro obteve 22%, e a ter de tomar a difícil decisão de se coligar à esquerda ou à direita, o que lhe poderá tirar ainda mais votos no futuro.