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Boca de Urna: eleições na Espanha indicam vitória de Partido Popular

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De acordo com estimativas divulgadas pela Rádio e Televisão Espanhola, o partido que se encontra hoje no poder, Partido Popular, conquistou entre 117 e 121 assentos e está ganhando as eleições espanholas neste domingo (26).

O segundo colocado seria a coalizão de esquerda Unidos Podemos, com entre 91 e 95 cadeiras. Em seguida, o PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol, centro-esquerda), com entre 81 e 85. Por último, o Cidadãos, com entre 26 e 30, ainda segundo a pesquisa de boca de urna. Os resultados oficiais devem ser divulgados a partir das 22h30 locais (17h30 em Brasília).

O cenário seria semelhante àquele visto em dezembro, quando o PP recebeu 123 assentos. O Unidos Podemos passa a ocupar o lugar de antes do PSOE, como partido principal da esquerda.

Se o resultado final confirmar essas previsões, indicará que nenhum partido conseguiu eleger 176 deputados, o necessário para governar. Assim, será preciso recorrer ao uso de alianças com outras forças políticas —justamente onde esses partidos falharam em dezembro passado.

O premiê da Espanha, Mariano Rajoy (PP), dissolveu as eleições já realizadas há seis meses para eleger o seu novo governo. As negociações entre os quatro principais partidos fracassaram, empurrando o país a este novo pleito, com alto custo político e econômico.

O impasse dos últimos seis meses significou a paralisia do Parlamento, um Executivo provisório com poderes limitados, novos gastos com campanhas e o desânimo da população diante de um governo incapaz de chegar a um consenso. O cenário atual impede a Espanha de renovar seu Orçamento, e o investimento público está congelado.

O novo Parlamento deve ser constituído em 19 de julho. A partir de então, o rei deve reunir-se com os representantes dos partidos e escolher um deles para tentar formar um governo. Não necessariamente precisar ser o partido mais votado, apesar de essa ser a expectativa.

Como ocorreu após as eleições de dezembro, os líderes negociarão entre si para decidir quem será o próximo premiê. Espera-se que os partidos cheguem a novos acordos. Dois meses depois da primeira tentativa de formar governo, novas eleições poderão ser convocadas.