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"El País": A União Européia quer que o Reino Unido se vá o quanto antes

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Numa matéria cautelosa quanto a possibilidade de mais referendos acontecerem pelos países da Europa, El País fala sobre os futuros encontros dos líderes europeus.

O imaginável se tornou realidade: o Brexit condena a Europa a uma era de incerteza. Além das turbulências financeiras, Bruxellas teme um sacode político por conta da saída do Reino Unido. Em todo o continente, movimentos populistas vêm criando espaço.

“Esperamos começar a negociar o quanto antes”, explicaram as instituições européias. O que vem é um adeus carregado de incógnitas: Londres quer manter o acesso ao mercado único, mas vetar a livre circulação das pessoas.

O temor em Bruxelas vai além da turbulência nos mercados, o Brexit abre uma etapa de incerteza política com potenciais referendos nos países que o populismo tem mais força. “Reino Unido elegeu um caminho de instabilidade, o resto de sócios europeus não deveria segui-lo”, falou o chefe do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem.

Série de encontros

Nos próximos dias, diversas reuniões acontecerão. Os ministros do exterior do seis países fundadores da União Europeia se encontrarão pela manhã em Berlín. A chanceler Angela Merkel falou que seria na segunda-feira com François Hollande, Matteo Renzi e o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk. Os três grandes países da União querem pressionar Londres para que se negocie o quanto antes, mas buscam, sobretudo, deixar claro que o projeto continua.

Nada disso vai ser fácil. Os efeitos secundários do Brexit são muito diversos: para começar, a UE nunca mais voltará a ser um projeto intocado. Europa perde a segunda economia do bloco e essa saída deixa enormes incerteza financeiras e problemas econômicos. A resistência da Europa, enfim, será colocada a prova nas próximas semanas.