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Coreia do Norte se orgulha de EUA se sentirem ameaçados por suas armas nucleares

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Um alto funcionário norte-coreano afirmou à mídia dos EUA que a Coreia do Norte é uma potência nuclear que o Ocidente não pode ignorar.

O diretor-geral do departamento de relações com os norte-americanos do Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Norte, Han Song Ryol, anunciou na quarta-feira que, enquanto os EUA continuarem sua política de sanções, Washington deve se preparar para mais testes nucleares e lançamentos de mísseis do lado coreano.

"São os Estados Unidos que causaram este problema. Eles têm que deixar suas ameaças militares, sanções e pressão econômica. Sem fazer isso, parece que eles estão nos dizendo para ficar pacíficos enquanto eles nos estão apontando uma arma à cabeça", disse Han Song, em sua primeira entrevista à Associated Press desde que tomou o cargo em 2013.

Antes, Washington, Tóquio e Seul tinham condenado o lançamento de dois mísseis balísticos de médio alcance por Pyongyang em 22 de junho, observando que os testes violaram as resoluções das Nações Unidas. A Coreia do Norte, no entanto, considera os testes de mísseis como um resultado positivo de seus sucessos tecnológicos.

O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, John Kirby, disse que as ações provocatórias de Pyongyang levam à determinação da comunidade internacional para responder à Coreia do Norte, nomeadamente através de sanções impostas pelo Conselho de Segurança da ONU.

"Temos intenção de manifestar nossas preocupações à ONU para apoiar a determinação internacional em responder a estas ações provocatórias da Coreia do Norte", disse John Kirby em um comunicado.

"A verdadeira provocação está vindo dos Estados Unidos… Como pode o meu país ficar sem fazer nada?", disse o chanceler norte-coreano Han Song Ryol, observando que os EUA estacionaram recentemente submarinos de ataque e caças estratégicos na Coreia do Sul, capazes de lançar armas nucleares contra a Coreia do Norte. Os dois países realizaram exercícios militares conjuntos no início do ano, treinando a realização de ataques aéreos contra locais estratégicos na Coreia do Norte.