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'The Economist': Brexit alerta para os improváveis revolucionários

Vitória do Brexit fortalece partidos de extrema-direita na Europa

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A revista britânica The Economist traz nesta edição de sexta-feira 924) uma matéria onde discute a decisão de saída do Reino Unido da União Europeia. 

A votação da Inglaterra pelo Brexit expõe a raia anárquica de um povo de forma pragmática, reflete o editorial da The Economist.

"O Inglês não é intelectual", escreveu George Orwell. "Eles têm horror do pensamento abstrato, eles não sentem necessidade de qualquer filosofia ou sistema de 'visão do mundo'."

Segundo a reportagem, o grande medo de que o Brexit pudesse causar um efeito dominó na Europa fica mais concreto com o resultado do plebiscito no Reino Unido. A reação dos políticos nacionalistas e populistas da Europa foram imediatas.

The Economist relata que ao saber da vitória do Brexit, o líder da extrema-direita holandesa pelo Partido da Liberdade, Geert Wilders, exigiu um referendo sobre a saída da Holanda da UE. Na França, a líder ultradireitista da Frente Nacional, Marine Le Pen, também reivindicou a realização de um plebiscito semelhante na França e nos outros países da União Europeia. Em sua conta do Twitter, Le Pen felicitou os britânicos e escreveu “viva a liberdade”.

A revista inglesa acrescenta que Para evitar uma reação em cadeia dos eurocéticos, o presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, vai se reunir com a chanceler alemã, Angela Merkel. O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, foi o primeiro em Bruxelas a reagir ao voto britânico. “É um momento histórico, mas não para reações histéricas” afirmou. Tusk ressaltou estar ciente do “quão sério e dramático este momento é politicamente”.

The Economist lembra neste texto que esta foi a nação que virou as nariz para o republicanismo, o fascismo e o comunismo; que tem normalmente avançado não através de revoluções, mas por ajustes e violinos; e que tolera as tensões que se seguiram a contradições como rugas em um velho rosto.