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Itália registra 'boom' de jardineiros e queda de pedreiros

Profissões artesanais passaram por mudanças devido a crise

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Os anos de crise econômica na Itália, além de elevarem o desemprego e piorarem a condição de vida das famílias, provocaram uma mudança no perfil do trabalhador artesanal. Enquanto o país registrou uma queda no número de pedreiros e carpinteiros entre 2009 e 2015, houve um "boom" de profissionais de limpeza e jardineiros.

Segundo um estudo divulgado pela União Italiana das Câmaras de Comércio, Indústria, Artesanato e Agricultura (Unioncamere), os trabalhos braçais ligados à construção civil foram alguns dos que mais perderam terreno com o período de recessão na nação da bota. Entre 2009 e 2015, houve uma redução de pedreiros (-35,8 mil), carpinteiros (-6,1 mil), encanadores (-3,5 mil) e pintores (-2,6 mil).

Por outro lado, mais pessoas passaram a buscar emprego em firmas de limpeza de edifícios (+10,9 mil) e em atividades de cuidado e manutenção paisagística (+4,9 mil). Também foi registrado um crescimento no número de designers (+2,1 mil) e cabeleireiros (+1,1 mil).

"Os dados mostram que os artesãos colocaram em campo novos modelos de desenvolvimento para reagir à crise, mas agora é preciso preservar as tradições e competências que são as expressões mais elevadas do nosso saber fazer e que tornam nossos produtos únicos no mundo", disse o presidente da Unioncamere, Ivan Lo Bello.

A Itália foi um dos países europeus mais afetados pela crise de 2008 e apenas agora começa a dar sinais de retomada, embora os índices de desemprego continuem elevados, principalmente entre os jovens.