Após ser derrotado nas urnas em fevereiro, o presidente da Bolívia, Evo Morales, quer propor um novo referendo sobre uma reforma na Constituição local que o permita concorrer a um quarto mandato consecutivo em 2019.
Em 21 de fevereiro, os bolivianos decidiram, com um resultado apertado, que não gostariam que ele não concorresse novamente à Presidência.
Morales, no entanto, minimizou a derrota. "Nas áreas rurais obtivemos uma grande maioria, mas perdemos nas cidades", disse.
"Este foi apenas o primeiro tempo, agora vem o segundo e vamos como as coisas acontecem", acrescentou o mandatário, que é fanático por futebol.
Os governistas alegam que o resultado do primeiro referendo foi afetado por "mentiras" da oposição. Na época, surgiram denúncias de que o presidente teria usado sua influência para que uma ex-namorada conseguisse um emprego como alta executiva em uma multinacional chinesa com a qual o governo de La Paz já assinou ao menos sete contratos milionários. A proposta de um segundo referendo sobre a mesma questão tem suscitado controvérsia entre os juristas da Bolívia e a votação ainda não pode acontecer antes de 2017, de acordo com os regulamentos eleitorais do país.
Histórico - Morales está no poder desde 2006 e já cumpriu, tecnicamente, dois mandatos após outra mudança constitucional - já que o primeiro teve apenas quatro anos de duração.
Ele deve ficar no Poder, caso a medida não seja aprovada, até janeiro de 2020. Se ele for eleito a um quarto mandato, ficará até 2025 na Presidência. (ANSA)