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'Clarín': Realidade social afeta planos originais de Macri para a Argentina

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Matéria publicada no Clarín desta sexta-feira (27) conta que as necessidades sociais estão começando a se transformar em uma dor de cabeça para o presidente Mauricio Macri. Este desafio atentaria contra um dos pilares do plano presidencial para organizar a economia e diminuir a inflação no país. O governo afirma que a inflação diminuirá no segundo semestre. E isso é o que mantém a expectativa da sociedade ainda em níveis altos em relação aos bons resultados da gestão Macri.

Segundo a reportagem, contudo, a complexa realidade social (que inclui o aumento da pobreza), incubada nos oito anos de governo da ex-presidente Cristina Kirchner (2007-2015) e potencializada nestes meses de 2016, obriga o macrismo a aplicar soluções de emergência. Essas soluções se traduzem na utilização de fundos públicos extraordinários. Ou na limitação dos aumentos de tarifas de alguns serviços. Há um grande número de liminares na Justiça para brecar aumentos. Isso acarretará redução da arrecadação prevista.

O jornal argentino diz que esse quadro começou a ativar os sensores do ministro da Fazenda Alfonso Prat-Gay. Ele tinha prometido reduzir o déficit fiscal herdado – acima de 7% do PIB – para 4,8% até o fim do ano. O caminho, no momento, parece o inverso. No período entre março de 2015 e abril 2016 o déficit fiscal cresceu em vez de encolher. E estaria, segundo estudos do setor privado, na ordem de 8,8%. Ou seja, quase dois pontos percentuais acima do legado deixado por Cristina.

Essa tendência prejudicaria o plano do governo de reduzir drasticamente a inflação. De fato, no primeiro semestre dificilmente o índice possa ficar abaixo de 22%. Para chegar a uma meta de 35% anual, de julho a dezembro deveria manter uma taxa média de 2% mensal. Impossível conseguir isso sem um achatamento significativo da atividade econômica, finaliza o texto do Clarín.