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De olho em refugiados, cúpula de 2017 do G7 será na Sicília

Anúncio foi feito pelo primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi

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O primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, anunciou nesta quarta-feira (25) que o encontro de 2017 do G7 será realizado na Sicília, região mais meridional do país. 

A última vez que a nação da bota recebeu a cúpula das sete economias mais avançadas do mundo foi em 2009, em Áquila, cidade que pouco antes havia sido devastada por um terremoto. Alguns municípios despontam como possíveis sedes do G7 no ano que vem, mas um dos favoritos é Taormina, a "Pérola do Jônico". 

"Se Taormina for escolhida, será um desafio de fazer tremer as pernas, mas estamos prontos em estruturas hoteleiras, história, tradição e segurança", garantiu o prefeito da cidade siciliana, Eligio Giardina, que já conversou com Renzi sobre o assunto. 

A escolha do primeiro-ministro pode ser explicada por dois fatores, um externo e outro interno. Do ponto de vista internacional, o chefe de governo da Itália quer chamar atenção para a região que está no epicentro da crise migratória na Europa. Devido à sua localização, a Sicília é o principal destino dos imigrantes que cruzam o mar Mediterrâneo a partir da África em embarcações superlotadas. 

Na cúpula do G7 deste ano, que começa nesta quinta-feira (26), no Japão, Renzi já deve levar o tema dos refugiados para o cerne dos debates. "Gostaria que isso fosse colocado na mesa dos poderosos, sobretudo em nome dos que não têm voz", disse o primeiro-ministro em uma newsletter divulgada nesta quarta (25). 

Do ponto de vista interno, o sul italiano é consideravelmente menos rico e desenvolvido do que o norte, e levar o G7 para a Sicília seria uma forma de indicar a intenção de reverter essa realidade histórica.