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Egito nega manobras bruscas antes de queda de avião

Declaração contradiz informações dadas por ministro grego

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Quatro dias depois da queda de um avião da EgyptAir no mar Mediterrâneo, as circunstâncias que envolvem a tragédia parecem cada vez mais nebulosas. Na noite do último domingo (22), o governo do Egito divulgou uma nota negando as afirmações de um ministro grego de que a aeronave teria feito manobras bruscas antes de desaparecer dos radares.

O comunicado traz uma declaração de Ehab Mohieldin, chefe dos serviços de navegação aérea do país africano, e contradiz a reconstrução inicial do desastre. "O avião surgiu a uma altitude de 37 mil pés no espaço aéreo grego, sem nenhum desvio, e desapareceu das telas dos radares menos de um minuto depois de ter entrado no espaço aéreo egípcio", diz a nota.

No dia do sumiço, 19 de maio, o ministro da Defesa de Atenas, Pános Kamménos, havia dito que o Airbus A320-232 realizara uma curva de 90º à esquerda e depois de 360º à direita minutos antes de perder contato. A declaração reforçou a tese de uma suposta ação terrorista, como um sequestro.

Essa não é a primeira divergência nas investigações sobre a queda. No último sábado (21), fontes egípcias disseram à emissora "CBC News" que as caixas-pretas do avião da EgyptAir tinham sido encontradas. No entanto, a informação foi rechaçada pela companhia aérea.

A aeronave, que fazia o voo MS804, entre Paris, na França, e Cairo, no Egito, levava 66 pessoas a bordo. Ainda não se sabe o que teria causado o desastre, mas terrorismo é a principal suspeita.