ASSINE
search button

Obama critica Donald Trump em jantar com jornalistas e artistas

"Nem mesmo os republicanos acreditam que ele é o mais provável candidato", disse

Compartilhar

Com a aproximação da última etapa das primárias para a escolha do candidato que vai representar os partidos Democrata e Republicano, nas eleições presidenciais de novembro deste ano, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fez um discurso bem-humorado para criticar, neste sábado (30), o principal candidato da oposição Donald Trump.

"Nem mesmo os republicanos acreditam que ele é o mais provável candidato", disse Obama, em tradicional jantar da Associação dos Correspondentes da Casa Branca, em um hotel de Washington, jornalistas, dirigentes da mídia e estrelas de Hollywood. Convidado, Trump avisou que não compareceria ao evento.

"Você tem uma sala cheia de jornalistas, celebridades, câmeras, e ele diz que não?", disse Obama. "É este jantar também simplório para o Donald?"

Obama também ironizou a falta de experiência do magnata na política internacional. “Passou anos a reunir-se com líderes de todo o mundo: Miss Suécia, Miss Argentina”, brincou Obama, referindo-se ao concurso Miss Universo, organizado por Trump.

"Comandante do sofá"

No tradicional jantar, Obama brincou que será “comandante do sofá” depois que deixar a presidência.

“No próximo ano, outra pessoa estará neste lugar, e é difícil saber quem será ela”, afirmou Obama, nem seu último discurso no tradicional jantar, em referência à candidata favorita à nomeação democrata, Hillary Clinton. “E eu”, acrescentou, “passarei a comandante do sofá”, disse. O jantar reuniu aproximadamente 3 mil convidados.

O mandato de Barack Obama termina em janeiro de 2017.

Manifestações

Embora esteja muito próximo de conquistar a nomeação do Partido Republicano, Donald Trump vem enfrentando manifestações públicas contrárias ao seu discurso que pede políticas mais duras contra a imigração.

Na quinta-feira passada (28), em um evento na Califórnia, ele voltou a defender a construção de um muro na fronteira sul dos Estados Unidos. Segundo o candidato republicano, a construção do muro deve ser financiada pelo México. No mesmo dia, centenas de pessoas fizeram um protesto contra Trump. Vinte pessoas foram presas e um carro de polícia foi atacado. Na sexta-feira (29), os protestos voltaram a se repetir em frente ao hotel onde o candidato se hospedava.

Hoje, entidades sindicais e de defesa dos direitos humanos pretendem reunir milhares de pessoas em várias cidades norte-americanas para protestar contra as políticas antiimigratórias defendidas por Trump e por melhores salários para os trabalhadores.

As principais manifestações devem ocorrer em Nova York e em Los Angeles. "Além de lutar pelos direitos dos trabalhadores, estamos lutando por nossa dignidade”, disse Jorge-Mario Cabrera, porta-voz da Coalizão para os Direitos Humanos de Los Angeles.

* Com informações complementares da Agência Lusa