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Procurador nega prisão de suspeito de ataques em Bruxelas

Dois terroristas foram identificados

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O procurador-geral da Bélgica, Frederic Van Leeuw, desmentiu a prisão do terceiro suspeito de planejar os atentados ocorridos em Bruxelas nesta terça-feira (22). Segundo o representante, o homem fugiu após a mala com os explosivos que carregava não ter funcionado. Sua bagagem era a que mais continha explosivos. Van Leeuw, no entanto, confirmou a identidade de dois terroristas que participaram dos atentados em Bruxelas. Assim como a mídia já havia divulgado, os irmãos Ibrahim e Khalid el-Bakraoui foram dois dos três kamikazes que executaram os ataques desta terça-feira (23).

Segundo as investigações até o momento, foi encontrado um notebook de Ibrahim durante uma verificação policial em um apartamento ocorrida na noite de ontem, além de 15 quilos de Triperóxido de triacetona (TATP), 150 litros de acetona, 30 litros de peróxido de hidrogênio, malas e pregos. O material é utilizado para fazer bombas e foi utilizado nos ataques tanto no aeroporto de Zaventem e no metrô de Maelbeek.

>> Terrorista de Bruxelas foi preso e extraditado pela Turquia

No computador do terrorista, os investigadores encontraram uma clara referência ao jihadista Salah Abdeslam, preso na semana passada por seu papel nos atentados de Paris, e uma grande prova da dúvida sobre a realização do ataque.

Em uma espécie de "testamento", Ibrahim afirmou: "estou com pressa, não sei mais o que fazer, há sempre o risco de terminar [ao lado de Abdeslam] em uma célula". O procurador afirma que essa frase determina que os irmãos participam do mesmo grupo de Abdeslam.

O apartamento onde foram apreendidos os equipamentos para a fabricação de bombas foi localizado graças a um taxista, que lembrou de ter levado os três homens ao aeroporto e que eles não deixaram que ninguém tocasse nas malas. O taxista ainda informou que outras duas malas ficaram no apartamento porque não cabiam no porta-malas.

Van Leeuw ainda confirmou a informação de que Khalid se explodiu no metrô de Maelbeek, descartando a hipótese de que apenas uma bomba havia sido colocada no vagão. O outro kamikaze, que se explodiu no aeroporto, ainda não foi identificado pelas autoridades. Ao todo, quatro pessoas estão sendo procuradas pela polícia da Bélgica por ligação com os ataques.

O procurador informou também que o número oficial de mortos é de 31 pessoas e que 271 ficaram feridas, mas ressaltou que a quantidade ainda deve aumentar. (ANSA)