ASSINE
search button

Equador dá aval para Suécia interrogar Assange em embaixada

Após meses de negociação, Quito e Estocolmo chegaram a acordo

Compartilhar

Após cinco meses de negociações, o Equador aceitou o pedido da Suécia de interrogar o australiano Julian Assange dentro da embaixada do país sul-americano em Londres, onde o fundador do site WikiLeaks está refugiado há mais de três anos.    

O tratado entre Quito e Estocolmo foi assinado no último dia 10 e o interrogatório pode acontecer na próxima quinta-feira (17). 

"O acordo, sem dúvida alguma, é um instrumento que fortalece as relações bilaterais e facilita, por exemplo, o cumprimento de questões judiciais como o interrogatório do senhor Assange, isolado na embaixada equatoriana na Inglaterra", disse um comunicado do governo de Quito. As autoridades suecas o acusam de crise sexual, baseado em relato de duas mulheres que dizem ter sofrido de abuso por parte de Assange, o qual nega qualquer envolvimento no episódio.    

O ativista está desde julho de 2012 refugiado na embaixada do Equador em Londres, proibido de deixar o prédio para viajar ao país sul-americano, que lhe concedeu asilo. Caso saia da embaixada, Assange corre o risco de ser preso pelas autoridades britânicas e extraditado à Suécia. 

O ativista teme que uma possível transferência à Suécia o poderia levar aos Estados Unidos, onde é acusado desde 2010 de espionagem, por vazamento de documentos secretos através do WikiLeaks. 

O site publicou mais de 600 mil documentos do Departamento de Estado norte-americano e das Forças Armadas dos EUA que revelavam como o país agiu nas guerras do Afeganistão e do Iraque, além de comentários diplomáticos.