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França homenageia os mortos dos atentados de Paris

Hollande fez discurso e prometeu derrotar o terrorismo

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A França realizou uma homenagem às 130 vítimas dos atentados ocorridos em Paris no último dia 13 de novembro nesta sexta-feira (27). Além dos familiares daqueles que morreram nos ataques, o presidente François Hollande e demais autoridades francesas participaram do evento.    Porém, a cerimônia não foi aberta ao público e contou com um forte esquema de segurança. Após apresentações musicais e de mostrar em um telão as fotos das vítimas do massacre, Hollande fez um discurso forte contra o terrorismo e pediu união.    

"Em nome de uma causa maluca e de um Deus traído, a França chora as 130 vítimas, as 130 vidas arrancadas, os 130 destinos arrancados, os 130 risos que não ouviremos mas, as 130 vozes caladas para sempre", começou falando o mandatário.    

Para Hollande, todas essas pessoas das mais diferentes idades e vindas de mais de 50 cidades francesas - além de 17 países - "tinham a vontade de viver".    Falando aos parentes das vítimas, o presidente afirmou que "a França estará do seu lado para superar as dores e vai caber a nós a ajudar os vivos".    "Prometo solenemente que a França vai destruir o exército de fanáticos que cometeram esse crime. Prometo que a França será a mesma, tal qual seus amados a amavam A França fará tudo contra o terrorismo, sem piedade, para proteger nossos filhos", destacou.    Segundo ele, o que mais irrita os terroristas é o fato que Paris é uma "cidade que vive o dia e brilha à noite".    "A música é insuportável para os terroristas que queriam enterrar nossa vida com o barulho de suas bombas. Mas, eles não vão conseguir. Vamos multiplicar as músicas, as festas e iremos ainda mais aos estádios. Eles serão derrotados. Eles têm o culto da morte, mas nós temos o amor pela vida. Aqueles que caíram no dia 13 de novembro eram toda França".    Para o líder político, ninguém vai esquecer de todas as homenagens que foram recebidas pelos franceses e o maior inimigo de seu país é "o ódio e a intolerância".    

Lembrando que outras tragédias que atingiram a própria capital francesa e demais países europeus, Hollande ressaltou que é por causa dessas vítimas "que vamos agir no amanhã". Ressaltando que seu país "não é inimigo de nenhuma nação" ou de alguma cultura, o mandatário destacou que os jihadistas vivem um "islã que se dedica a negar a mensagem de seu livro sagrado e de ser seu inimigo".    

Agradecendo a todos os funcionários públicos e voluntários que atuaram no pós-ataque, o líder ainda disse que isso prova que os "valores" do seu país e do continente são mais fortes e muito mais "solidários".    "Nosso dever é fazer viver nossos valores e não vamos deixar o ódio vencer. Se a raiva nos toma, vamos fazer com que ela seja combustível para defender a calma e os nossos valores. Vou repetir minha confiança nessa geração que ficará de pé. Viva a República, viva a França!", finalizou.    

Após o discurso, uma versão cantada da "Marselhesa", o hino francês, foi novamente entoado.