ASSINE
search button

'El Pais': O futuro da Argentina

Mauricio Macri tenta evitar conflito social

Compartilhar

Matéria publicada nesta sexta-feira (27), no jornal El País, por Carlos E. Cué, fala que o novo presidente eleito da Argentina quer conter a inflação, para não pressionar empregadores e funcionários.  Uma das soluções para esse novo cenário é a relação com os sindicatos de trabalhadores. A campanha eleitoral da Argentina foi uma espécie de ficção. Todo mundo sabia que o candidato eleito tomaria medidas duras quando ganhasse, mas Macri não perdeu tempo. Chegou trabalhando contra o relógio para evitar uma explosão social com os seus primeiros passos, especialmente com a desvalorização, que pode causar a perda de poder de compra dos trabalhadores. E uma das chaves para isso não acontecer são os sindicatos. 

A reportagem conta que antes da campanha, Macri parecia aliado a Hugo Moyano, sindicalista mais conhecido da Argentina, líder dos caminhoneiros poderosos. A influência de Moyano é tão grande, que Macri anunciou quarta-feira (25) ao governo, um novo ministro do Trabalho: George Lawson. Mas como Moyano vetou o nome pretendido, por ser um homem muito próximo dos empregadores, Macri negociou com eles alguém mais próximo para evitar conflitos, e quinta-feira (26) nomeou Jorge Triaca, um líder do seu partido. A primeira batalha que terá de enfrentar será com os professores, negociando seus salários para o próximo ano letivo, que começa em março. A Argentina está se dirigindo para uma forte desvalorização e o presidente quer evitar que a inflação suba rapidamente, para não pressionar os empregadores com aumento dos preços e tampouco os trabalhadores, que perderiam seu poder de compra. O ministro do Trabalho negociará acordos coletivos que estabelecem o reajuste salarial anual em diferentes setores.