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Putin se diz pronto a cooperar com a França

Paris tenta formar ampla coalizão contra o Estado Islâmico

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No último dia de sua peregrinação diplomática em busca de uma ampla coalizão para combater o grupo jihadista Estado Islâmico (EI), o presidente da França, François Hollande, arrancou do seu homólogo russo, Vladimir Putin, a garantia de cooperação na luta contra os terroristas. 

Os dois líderes se reuniram no Kremlin, em Moscou, e Putin disse que os atentados terroristas "fazem unir" os esforços contra o EI. Em menos de um mês, a organização reivindicou o abatimento de um avião civil da companhia russa Metrojet na península egípcia do Sinai, com 224 vítimas, e os atentados de 13 de novembro em Paris, com 130. 

"Aplaudo os esforços do presidente francês para criar uma ampla coalizão contra o terrorismo, que é absolutamente necessária", declarou o presidente da Rússia. Nos últimos dias, Hollande se reuniu separadamente com o mandatário norte-americano, Barack Obama, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e os primeiros-ministros de Itália, Matteo Renzi, e Reino Unido, David Cameron. 

 "Estou em Moscou para ver como podemos agir juntos e como vamos nos coordenar para atacar esse grupo terrorista, mas também para alcançar uma solução política que leve a paz à Síria", explicou o presidente da França. Seu país é um dos principais membros da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos, que há mais de um ano bombardeia postos do EI na Síria e no Iraque. Já a Rússia realiza incursões aéreas contra o grupo separadamente, atacando também rebeldes que tentam derrubar o regime de Bashar al Assad. 

"O nosso inimigo é o Estado Islâmico, que tem territórios, um exército e recursos, então devemos criar essa ampla coalizão. É o momento de assumirmos a responsabilidade pelo que está acontecendo", acrescentou Hollande. (ANSA)