ASSINE
search button

Em missa no Quênia, Papa condena o extremismo religioso

Francisco pediu que líderes sejam 'profetas da paz'

Compartilhar

Durante sua primeira celebração na África, em um encontro inter-religioso em Nairóbi, no Quênia, o papa Francisco voltou a condenar o extremismo religioso e a participação de jovens em atentados terroristas.    

"O nosso Deus é um Deus da paz e seu santo nome não deve jamais ser usado para justificar o ódio e a violência. Sei que é vivo em nós a lembrança dos ataques bárbaros no Westgate Mall, na Universidade de Garissa e em Mandera", disse o Pontífice esta quinta-feira (26) lembrando de alguns ataques ocorridos no país nos últimos anos.    

Todas essas ações foram realizadas peloo grupo al-Shabaab, que pregam a guerra santa na nação africana e que, como todas as organizações desse tipo, mata cristãos, mas também muçulmanos e qualquer um que se oponha aos planos de terror. Em Garissa, o último dos grandes ataques dos jihadistas, quase 150 jovens foram mortos pelos criminosos.    

Segundo o líder católico, "há jovens demais que se tornam extremistas em nome da religião para semear a discórdia e medo e para lacerar o tecido das nossas sociedades".    

A homilia de Jorge Mario Bergoglio era acompanhada por diversos líderes de várias religiões que atuam no Quênia e, para eles, o argentino destacou que "nós devemos ser reconhecidos como profetas da paz, trabalhadores da paz, pessoas que convidam os outros a viver em paz, harmonia e respeito recíproco".    

Após essa celebração, o sucessor de Bento XVI se dirige à Universidade de Nairóbi para uma missa coletiva para milhares de pessoas. Ainda para esta quinta-feira, o Papa terá uma reunião com religiosos da Igreja Católica na escola St. Mary's e uma visita ao escritório das Nações Unidas na capital queniana.