Matéria publicada no jornal El País, nesta quinta-feira (26), por Rebossio Alejandro e Carlos Cué, afirma que o próximo presidente da Argentina, Mauricio Macri, quer evitar o que aconteceu com sua homóloga brasileira, Dilma Rousseff, que iniciou seu segundo mandato com um ajuste fiscal e uma desvalorização que levou o país a uma longa e profunda recessão econômica. Macri disse em entrevistas com a imprensa, que a Argentina vai reduzir gradualmente os subsídios que mantêm mais baratas as tarifas de eletricidade, gás e bilhetes ferroviários e rodoviários, em Buenos Aires. "Vamos corrigi-los gradualmente. Meu trabalho é cuidar das pessoas. Vou levar subsídios para aqueles que necessitam. Me comprometo a um sistema de tarifas justas ", diz ele. O plano de Macri, de acordo com pessoas ao seu redor, é transferir os subsídios das classes média e alta para os mais pobres.
Segundo a reportagem, a luz na capital custa cinco vezes menos do que em Córdoba, a segunda maior cidade da Argentina, um país no qual 21% é pobre. Macri explicou que as razões para o ajuste gradual, ao invés vez de uma medida drástica seria a captação de investidores, que apreciam a estabilidade, para apostar na terceira economia da América latina. Em entrevista ao El Pais, o porta-voz econômico de Macri e membro do seguro do governo, Rogelio Frigerio disse: "Se você me convencer de que o caminho do Brasil e da Grécia é o certo, eu posso analisar, mas creio que não".