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Papa autorizou pessoalmente prisões de membros da Igreja no 'Vatileaks 2'

Segundo documento, autorização foi dada 'pessoalmente'

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As prisões do monsenhor espanhol Lucio Vallejo Balda e da ex-funcionária da Comissão sobre as Atividades Econômicas da Santa Sé (Cosea) Francesca Immacolata Chaouqui foram autorizadas pessoalmente pelo papa Francisco.    

A informação consta no decreto de indiciamento judicial chamado de "Rescriptum ex audientia" do dia 31 de outubro e que foi revelado nesta quarta-feira (25), um dia após a primeira audiência sobre o caso.    

Os dois membros da Igreja foram acusados de vazar documentos "sigilosos" no caso que ficou conhecido como "Vatileaks 2" - uma referência ao escândalo que mexeu com o Pontificado do então papa Bento XVI.    

Segundo as denúncias, ambos teriam divulgado informações sobre despesas de alguns cardeais e de entidades assistencialistas católicas. Nelas, foi possível descobrir supostos gastos excessivos em reformas e na manutenção de apartamentos de religiosos.    

Além dos dois, foram indiciados também os jornalistas Gianluigi Nuzzi e Emiliano Fittipaldi e o outro membro da Cosea, Nicola Maio. O julgamento dos repórteres, em especial, gerou críticas de diversas instituições de defesa do direito da liberdade de expressão, que acusam o Vaticano de intimidar os profissionais.    

No documento não há a informação de que o Pontífice tenha sido o responsável pelo pedido do processo contra Nuzzi e Fittipaldi.