Matéria publicada no jornal El País, nesta quarta-feira (25), por Pilar Bonet, fala que o presidente russo, Vladimir Putin, acusou a Turquia de cumplicidade com o Estado Islâmico (ISIS) por derrubar o caça russo Su-24, em um bombardeio que, segundo ele, estava realizando uma operação em território sírio. A ação turca "terá sérias conseqüências" para as relações entre os dois países, disse o líder russo. O Ministério da Defesa convocou o adido militar em Ancara e representantes diplomáticos na Rússia, negam que o avião tenha entrado no território turco. Durante uma reunião com o rei da Jordânia Abdullah II, em Sochi, no Mar Negro, Putin repetiu duas vezes que a queda do avião russo tinha sido "um ataque pelas costas" e disse que os autores são "cúmplices do terrorismo".
Segundo a reportagem, o avião russo foi abatido em território sírio por mísseis, lançados por um F-16, em território turco e caiu a quatro quilômetros da fronteira com a Turquia, disse o chefe de Estado. O avião estava no ar quando foi atingido a uma altura de 6000 metros, a "um quilômetro de distância do território turco", disse ele. O avião que caiu não estava ameaçando a Turquia e estava realizando uma operação contra o Estado islâmico no norte de Latakia, uma área montanhosa "onde os insurgentes estão concentrados, principalmente indígenas da Federação da Rússia", disse Putin. O presidente falou extensivamente sobre o financiamento do ISIS graças ao contrabando de petróleo da Síria para a Turquia e garante que a ação "terá sérias conseqüências" para as relações entre os dois países.