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Putin afasta ideia de se juntar a ataques contra Estado Islâmico

Rússia prefere formar coalizão que inclua regime de Assad

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O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou nesta sexta-feira (4) que é prematuro discutir uma possível participação de Moscou em ações militares contra o grupo extremista Estado Islâmico (EI, ex-Isis).

    Em uma entrevista à emissora "Russia Today", o mandatário comentou que está analisando "outras opções" para lidar com o EI, que atualmente domina regiões importantes da Síria e do Iraque.

    A imprensa britânica divulgou recentemente que tropas russas estariam combatendo na Síria ao lado do regime de Bashar al-Assad. Jornais israelenses também falaram da iminente abertura de uma base militar russa perto da capital síria, Damasco, para enfrentar o avanço do EI. Até o momento, o Kremlin confirmou que apenas fornecera assistência à Síria, mas sem dar detalhes das ações e do objetivo do apoio.

    Ao participar do Fórum Econômico do Oriente em Vladivostok nesta manhã, Putin comentou que conversara com o presidente norte-americano, Barack Obama, para propor a formação de uma coalizão internacional contra o terrorismo, a qual inclua o regime de Assad, criticado pelas superpotências por cometer crimes de guerra contra a população civil. A ideia também já fora apresentada aos líderes da Turquia, Arábia Saudita e Jordânia. "Queremos verdadeiramente criar um tipo de coalizão internacional para lutar contra o terrorismo e o extremismo.

    Conversei pessoalmente com Obama sobre esse tema", disse Putin. O russo também pontuou que os atuais problemas da Europa, como imigração de refugiados e terrorismo jihadistas, são reflexos das políticas ocidentais para o Oriente Médio e para o norte da África. Desde setembro de 2014, os EUA lideram uma coalizão internacional que bombardeia alvos do EI na Síria e no Iraque. A Rússia, que em vários aspectos se opõe às políticas norte-americanas, não participa da ação. (ANSA)