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Senado espanhol pede libertação de 75 presos políticos na Venezuela

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O Senado espanhol pediu nesta quarta-feira (02/09) ao governo que tome medidas junto às autoridades da Venezuela para que libere 'o quanto antes' os 75 presos políticos no país sulamericano.

O plenário do Senado espanhol aprovou uma moção apresentada pelo grupo parlamentar do Partido Popular (PP) neste sentido, com o apoio de 234 senadores. Houve um voto contra e cinco abstenções.

O debate foi acompanhado na tribuna por convidados de Mitzy Capriles de Ledezma, esposa de Antonio Ledezma, prefeito de Caracas que cumpre prisão domiciliar. Ela foi ovacionada pela assembleia.

Nessa moção, há um pedido para que o Executivo expresse sua preocupação com a reiterada cassação de direitos políticos de dirigentes opositores para evitar que se apresentem como candidatos nas próximas eleições legislativas do dia 6 de dezembro.

Os senadores também pedem para que o governo envie uma delegação de observadores internacionais, liderada pela União Europeia, que garanta a fiabilidade dos resultados dos comícios.

À proposta do partido socialista (PSOE) se somou uma emenda à moção através da qual se pede ao governo que reivindique junto às autoridades venezuelanas o início de um processo de diálogo nacional integrador com todas as forças políticas democráticas.

O porta-voz do partido popular, Dionisio García Carnero, enfatizou que a Venezuela tem hoje 1,5 milhões de pessoas exiladas, que tiveram que fugir de seu país diante da repressão, e denunciou que muitos estão presos por protestar contra o regime e sair às ruas.

O porta-voz do PSOE, Andrés Gil, considerou "positiva qualquer medida para levar a democracia a qualquer país" e apostou na necessidade de abrir um diálogo na Venezuela.