ASSINE
search button

Presidente da Guatemala perde imunidade política

Agora, Molina poderá ser julgado em escândalo de corrupção

Compartilhar

O Congresso da Guatemala retirou a imunidade política do presidente do país, Otto Pérez Molina, após uma sequência de denúncias de corrupção. Com isso, o mandatário poderá ser julgado pelo escândalo na Justiça comum.

    Segundo informações do Parlamento, foram 132 em 158 votos possíveis aprovando a perda do benefício, bem mais do que os 104 necessários para adotar a medida. Molina é o primeiro líder do país a perder o direito e a decisão dos parlamentares causou comemoração nas ruas da capital.

    O presidente é acusado de liderar um esquema de corrupção que já causou 27 detenções desde o fim de agosto. Entre os presos, está a vice-presidente guatemalteca, Roxana Baldetti, que renunciou ao cargo após as denúncias. Segundo a Procuradoria Geral, Molina se beneficiou recebendo parte do dinheiro lucrado pela quadrilha.

    As acusações causaram uma série de protestos em toda a nação pedindo a renúncia do mandatário. O líder político afirmou, por diversas vezes, que não deixará o poder e desafiou seus rivais a provarem as denúncias. Para ele, tudo não passa de uma manobra eleitoral dos adversários políticos, já que no domingo (06) haverá eleições gerais.

    No fim de semana, 7,5 milhões de cidadãos estarão aptos a eleger seus representantes para os anos de 2016 a 2020. Serão escolhidos o presidente, 158 deputados, 20 membros do Parlamento e 338 representantes municipais. (ANSA)